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Livro de Cantares | Salomão – Parte IV

Escola Bíblica Dominical (EBD) – Igreja Cristã Maranata (ICM)

Nesta transcrição devocional, o Pr. Gedelti Gueiros conduz um estudo sobre os Mistérios Proféticos da Igreja, revelados no livro de Cantares.

Retomando temas para novos ouvintes

Quando nos referimos a alguns assuntos, às vezes voltamos a eles porque há pessoas novas chegando. Muitas querem saber, mandam perguntas por escrito:
“Fale sobre isso, tem um grupo novo vindo aqui”.

Por isso, tentamos abordar temas amplos, fazendo um resumo para que todos deem sequência ao que estão entendendo. E o que nos interessa mesmo é a sequência profética.

A Cantares e a valentia da Igreja Primitiva

Uma coisa é pregar sobre certos assuntos, outra é entender o que Deus quer revelar. No primeiro capítulo de Cantares, vemos uma figura que pode escandalizar:
“As éguas dos carros de Faraó te comparam, ó amiga minha”.

Jesus usa essa imagem para falar da Igreja do primeiro século, em meio a lutas e perseguições, mas que não recuava. Era como as éguas de guerra do Egito, adestradas para avançar mesmo feridas.
Essa igreja era adornada, direcionada pelo Espírito Santo.


A Igreja não recua, mesmo hoje

Dois mil anos depois, essa imagem não perdeu o sentido.
A Igreja verdadeira continua sendo guiada pelas rédeas do Espírito.

Ela enfrenta perseguições, pressões políticas, rejeições culturais. Mas ela segue.
Ela é o corpo da Noiva — Jesus sabe que pode contar com ela.

As guerras religiosas existem? Sim, mas isso é o homem.
O momento que vivemos é profético. Sem isso, Jesus não viria.


As perguntas e o momento atual

Voltemos às perguntas feitas no último domingo.
A primeira: “Dois apelos que identificam esse momento”.

Capítulo dois de Cantares não trata mais do início da Igreja, mas do tempo profético atual.
Ali surge a Rosa de Sarom. Pedi a um irmão que mostrasse uma foto da campina — aquela região plana de Israel onde flores aparecem.


A Rosa de Sarom e o fim do inverno espiritual

Sarom não é uma flor específica, mas uma região onde muitas flores brotam.
“Passou o inverno, cessou a chuva, aparecem as flores na terra.”

Espiritualmente, o inverno passou — agora é primavera.
As flores surgem, os pássaros cantam, e o Espírito se manifesta.

O pássaro Zamir, que canta só na primavera, simboliza Jesus.
A voz da rola — a Igreja — canta dia e noite. Louvor, dons, ministérios.


Lirismo e profecia em Cantares

O livro de Cantares mistura poesia e revelação.
“Passou o inverno” — para a Igreja fiel, é tempo de luz.Não se trata de calor do mundo, mas da iluminação espiritual.
É o momento em que o Espírito está falando claramente com seu povo.

Pr. Gedelti Gueiros - Igreja Cristã Maranata

Dois apelos do Noivo para a Igreja

Primeiro apelo:
“O meu amado fala” — é Jesus falando agora, não há três mil anos.

“Levanta-te” — o Noivo chama a Noiva, que estava adormecida, para o despertar.
Não é obrigação, é amor: “Querida minha, formosa minha”.

A formosura aqui não é estética humana, mas beleza que o Noivo enxerga.


Segundo apelo:
“Passou o inverno, aparecem as flores.”

É a Igreja despertada, consciente das profecias atuais:
Sinais nos céus, pestes, guerras, esfriamento do amor — tudo está aí.

O Senhor quer uma Igreja atenta, que discerne os tempos.
Ela não está se preparando — ela já está preparada.


Exemplo prático: realidade da preparação

Um pastor americano perguntou à sua igreja:
“Se Jesus vier hoje, quem sobe?”

Silêncio.
Depois: “Em três meses?” Alguns levantaram a mão — queriam “tempo”.

O susto veio quando um diácono tocou a corneta.
Desespero. Um idoso ficou quieto: “Levaram meus óculos.”
O pastor sorriu: “Você é o fiel.”


A figueira e as vides — sinais claros

Verso 13 de Cantares:
“A figueira deu seus figos” — Israel voltou em 1948.

O mundo e a Bíblia reconhecem isso.
“Quando a figueira brotar…” — é o tempo.

Segundo sinal:
“As vides em flor exalam seu aroma” — é o derramamento do Espírito.

Batismo, línguas, operação profética.
“Você fala línguas?” — peça ao Senhor.


O profético se vive, não se explica apenas

Não somos melhores — somos os piores, coxos, aleijados — mas subiremos.
Os convidados bons não entraram na festa. O que foi escrito há milênios está vivo hoje.
Quem realiza? O Espírito Santo.

Conclusão

Este estudo nos mostra que os Mistérios Proféticos da Igreja, revelados em Cantares, se cumprem hoje diante dos nossos olhos.
Ouçamos a voz do Noivo, despertemos com entendimento e vivamos a plenitude do Espírito.

Continue acompanhando nossa série sobre os Mistérios da Igreja no Livro de Cantares. O Espírito ainda tem muito a revelar.


Pr. Gedelti Gueiros

Escola Bíblica Dominical (EBD)Igreja Cristã Maranata (ICM)

A Igreja e seus mistérios no livro de Cantares

O que representa a expressão “As éguas dos carros de Faraó” no livro de Cantares?

Ela simboliza a valentia da Igreja Primitiva diante das perseguições. Assim como as éguas treinadas para guerra não recuavam mesmo feridas, a Igreja seguia firme, guiada pelo Espírito Santo. É uma figura forte que revela a fidelidade e a disposição da Igreja no início de sua jornada profética.


Qual é o significado profético da Rosa de Sarom e o que ela revela sobre o tempo atual?

A Rosa de Sarom aponta para o fim do inverno espiritual e o início da primavera profética. Não se trata de uma flor específica, mas de uma região onde flores brotam. Isso representa o momento presente da Igreja, onde os dons espirituais, o louvor e a revelação florescem pela ação do Espírito.


Quais são os dois apelos do Noivo para a Igreja neste tempo profético?

O primeiro apelo é: “Levanta-te” — um chamado de amor para que a Igreja desperte e se prepare. O segundo é: “Passou o inverno, aparecem as flores” — a revelação de que o tempo da frieza espiritual acabou. A Igreja não está mais se preparando; ela já está pronta para encontrar o Noivo.


Como a Igreja deve interpretar os sinais proféticos atuais, como a figueira e as vides?

A figueira que dá figos representa Israel, restaurado em 1948, cumprindo uma profecia chave. Já as vides em flor, que exalam aroma, simbolizam o derramamento do Espírito Santo. Esses sinais mostram que estamos na plenitude do tempo profético, e a Igreja deve discernir e viver essa realidade com vigilância.

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